A Ilha de Ataúro, no Timor Leste, tem a maior biodiversidade marinha do mundo, segundo a Conservation International (CI). Para chegar a esta análise, a CI verificou que a ilha abriga cerca de 253 espécies de peixes de recifes em suas águas. A variedade da vida marinha é tão grande, que é possível ver peixes de todos os tamanhos e feitios, com cores vibrantes que se confundem com a tonalidade intensa dos corais.
Conhecida como oásis da biodiversidade, a Ilha de Ataúro, situada a 36 quilômetros a norte da capital, Díli, vem se tornando um destino turístico cada vez mais popular, o que se deve à riqueza marinha da região. Os dados também apontam uma preocupação com a preservação das espécies marinhas, que são de extrema importância para o povo do Timor Leste.
O estudo, realizado como parte do Programa de Avaliação Rápida da CI, tem o objetivo de ampliar o conhecimento científico dos ecossistemas marinhos da ilha. Isso ajuda a definir o valor e a sua proteção, especialmente a partir de ecoturismo, para subsistência local.
A equipe da CI também avaliou a saúde das águas e dos recifes de coral de Ataúro, e verificou que os recifes são saudáveis no geral, com a exceção de algumas áreas. Os biólogos perceberam que alguns recifes tinham sido danificados por consequência da pesca com explosivos. Além disso, apenas um tubarão foi registrado, o que indica que este é um dos ecossistemas de recifes de coral saudável.
A contagem de espécies por local, no Timor-Leste, já ultrapassou Raja Ampat in the Bird's Head Seascape, na Indonésia, que abrigava, até então, a maior biodiversidade marinha do mundo.